segunda-feira, 27 de julho de 2009

O mundo está mais triste. Perdemos uma estrela! Professora Tânia Guimarães

Dois mil e nove. Ano escolhido por Deus para levar uma de suas filhas mais queridas e mais amadas por nós. Dezoito de julho foi o dia escolhido por ela para nos deixar. E assim o fez sem nos dar tempo de nos despedirmos. O palco ficou vazio, perdido no agito do silêncio. Órfão de uma grande estrela da vida real. O Colégio Estadual Almakazir Gally Galvão – esse gigante palco do conhecimento – ficou mais triste e incompleto sem sua presença. Fomos obrigados a desligar os holofotes.

Parece mentira!- pensamos. E, desesperadamente, por todos os lados, procuramos pelo seu sorriso, por sua alegria, sua experiência, seu companheirismo, sua força, seu abraço de pró-mãe... Tentamos fechar e apertar bem os olhos, na esperança de voltarmos a dormir e por fim, acordarmos e constatarmos que tudo não passou de um horrível pesadelo.

Professora Tânia Guimarães, ou melhor, pró Tânia, como você nos fará falta! Principalmente para aqueles que, como eu, tiveram o prazer de conhecê-la de perto; de ter passado pelo seu banco de aprendizado. Com você aprendi bem mais que palavrear pensamentos. Aprendi a ser mais íntegro, confiante, feliz...

Certa vez ouvi alguém a dirigindo a seguinte consideração: “quando se ama o mestre, o coração dá ordens ao cérebro para aprender.” E como pude confirmar a veracidade deste princípio em meu 3º ano!... Queria ter convivido mais com esta grande mestra, entretanto pessoas especiais são assim mesmo: veem e arrebatam os nossos corações com seu carinho e depois, simplesmente se vão, levando consigo parte de nós. Se vão, pois precisam brilhar em novos céus. Mas, ao mesmo tempo em sua essência, permanecem conosco e só não conseguimos ver a olho nu porque, como diz Antoine de Saint-Exupéry, em seu livro “O Pequeno Príncipe”, o essencial é invisível aos olhos, pois os olhos são cegos. Por isso, é preciso buscar com o coração. E temos que agradecer a Deus por ter nos dado esse grande presente que foi pró Tânia. Guardaremos para sempre em nosso coração o seu sorriso inesquecível e seu olhar profundo a nos passar segurança e experiência.

Você foi o nosso exemplo! Exemplo para sua família, para seus colegas de profissão e para milhares de seguidores, alunos, aprendizes, súditos. E por gratidão, por tudo que recebi de você, resolvi homenageá-la fazendo o que você me ensinou: escrever.
Tentando moldar esse amontoado de palavras com o objetivo de extrair delas um sentido lógico, que possa demonstrar quão importante foi para minha vida.

Acho que por todos esses anos permanecemos em um terrível engano: você não era uma grande professora (adulta), e sim uma MENINA, no corpo de uma experiente amante do conhecer, que apesar de tudo, não fez questão de esconder o seu lado curioso, característico de toda criança (seja ela grande ou pequena). Lado este que se transluzia em suas divertidíssimas aulas, sempre temperadas pela duvida e, principalmente, pela busca do conhecimento. Busca que instigava-nos à análise, à crítica e ao pensar: “Projeto, pra quê projeto?”; “Regras, pra quê regras?”; “Dinheiro, pra quê dinheiro?”... Temas redacionais que nos levaram ao desenvolvimento crítico, característica necessária à formação escolar de todo cidadão, presenteando-nos assim, com novos olhos, para que pudéssemos contemplar o novo; o amanhã, o futuro que já começou. Perguntas que, hoje, me fazem lembrar desses bons momentos de sala de aula, vividos no ano passado, mas que parece ter sido ontem, ou até mesmo hoje pela manhã.

Gostaria de escrever mais, porém não encontraria palavras adequadas e suficiente para mensurar quanta falta nos fará pró Tânia. Por isso, concluo deixando registrado minha admiração e à família, minhas sinceras condolências.
E a você, minha querida eterna professora, vá em paz!

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